sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como se comportar em uma entrevista por videoconferência

Ferramentas como o Skype estão se popularizando nos processos de seleção, saiba quais cuidados que você deve tomar
Camila Lam, de

São Paulo – Conversar por Skype – ou outro sistema semelhante - com seus amigos e familiares é uma situação. E quando essa ferramenta é utilizada por headhunters para entrevista de emprego, como se portar? Se você não tem ideia, prepare-se. A videoconferência está virando mania entre os recrutadores de todo país.

Diferentemente da conversa por telefone, você estará sendo avaliado visualmente pelo entrevistador. Confira as dicas de especialistas para que você encare essa situação sem arrependimentos posteriores:

A preparação

Antes de qualquer coisa, teste tudo. A câmera, o microfone e a conexão. Evite que a entrevista seja interrompida ou se atrase por conta de algum problema técnico na sua máquina. A pontualidade é essencial nessa etapa. Esses imprevistos só deixarão você ainda mais nervoso.

Outro detalhe que Lea Federmann, sócia da 2GET e responsável pelo setor Construção e Infra-Estrutura recomenda que os candidatos prestem muita atenção: o próprio nome de usuário no Skype ou Gtalk.

“Esses nomes de usuários com apelidos e adjetivos não demonstram profissionalismo para o recrutador”, explica. A solução é cadastrar outra conta, com nome de usuário somente com seu nome e sobrenome ou com as iniciais.

Procure um lugar calmo e que certifique de que você não será interrompido. Está em casa? Prefira o escritório ou a sala. Banheiro? Jamais. Mesmo que este seja o único local em que você não será incomodado, pense na imagem você quer passar para o entrevistador.

Romaly de Carvalho, professora de Etiqueta Empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) ensina que o lugar para a conversa tem que ter a decoração clean, sem muitos objetos pessoais no fundo. Os objetos distraem e não há necessidade de mostrar ao entrevistador, o quadro do seu artista predileto.

Guarda-roupa

O entrevistador repara se você está de pijama ou com a roupa amassada. Dedique um tempo para se vestir para entrevista. Esse ritual pode até preparar você emocionalmente para a conversa.

Tanto o homem quanto a mulher devem usar camisa social. Paletó, para cargos executivos. Terno pode ser formal demais, mas depende da situação em que o candidato se encontra.

“Não pode parecer que você acabou de acordar”, instrui Lea. A entrevista por videoconferência permite que o entrevistador analise a sua postura e como você se preparou para a entrevista.

Observe a gola de sua camisa. Está ajeitada? Segundo Romaly é a gola que dá o ar profissional. Use roupas discretas, de cores sóbrias e sem brilho. Mulheres, nada de decote. E a maquiagem é bem-vinda, sem exageros.

Durante a conversa

A vantagem da entrevista através da videoconferência é a similaridade com a presencial. Se você cativar o entrevistador, a conversa que normalmente demora 20 minutos pode render até uma hora. Demonstre segurança ao conversar, articule bem as palavras e preste atenção na sua postura.

 

“Às vezes as pessoas travam. É normal, pois algumas pessoas são mais tímidas. Recomendo que o candidato coloque, literalmente, um roteiro ao lado do computador com tópicos de seu histórico profissional em ordem cronológica para não esquecer”, ensina Federmann.

Rafael Meneses, sócio-gerente da filial carioca da Asap , consultoria de recrutamento e seleção de executivos, aconselha que o candidato nunca se esqueça de focar na entrevista. Quando a pessoa está em casa, ela tende a se sentir mais confortável e consequentemente fica mais vulnerável e comete deslizes. Mantenha sempre a postura profissional que você teria se estivesse em uma entrevista ao vivo.

“Teve um episódio, durante uma videoconferência em que o entrevistador deu uma pausa na conversa para chamar outro colega para entrevistar o candidato. Durante esse intervalo, ele aproveitou e fez uma ligação do celular. Os entrevistadores além de terem escutado tudo, viram tudo também”, conta Meneses. Lembre-se, você está sendo avaliado o tempo todo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Geração Y!

Pouco pacientes, conectados, individualistas, ansiosos. Muito já se falou sobre as características da tal geração Y, sobretudo quando se trata do universo do trabalho. Não existe fórmula mágica para atrair e reter os jovens talentos, mas muitas empresas vêm obtendo sucesso com estratégias capazes de atender às expectativas destes profissionais. Quase sempre, são ações que buscam tirar proveito do próprio comportamento deles. “A minha geração, a X, primeiro trabalhava para depois cobrar [a contrapartida]. Hoje, os jovens perguntam primeiro o que vão ganhar”, exemplifica Luana Matos, diretora de desenvolvimento organizacional da Nextel Brasil, operadora de telefonia móvel na qual 47% da força de trabalho são da geração Y.
Garantir a contrapartida esperada pelo esforço e comprometimento desses novos profissionais tem sido uma das principais estratégias de gestão da empresa. Entre os desafios está saciar a “fome” por desenvolvimento e recompensa. Para segurar esses profissionais, a Nextel aposta no reconhecimento, por meio de programas que chegam até a premiar os funcionários com passagens para o exterior. “Por experiência, a gente vê que essa questão do reconhecimento é muito importante para os jovens”, comenta Luana.
Um ambiente de trabalho que prima pela informalidade também funciona como atrativo para a geração Y. Para isso, vale até uma pelada com o presidente da companhia, Sergio Chaia, que joga futebol quase que semanalmente com o time da Nextel. A informalidade também facilita o acesso dos funcionários a seus superiores. “Qualquer colaborador tem acesso direto até ao presidente. É um tipo de relação que foge daquela coisa convencional, mais hierarquizada, burocrática.” Sem contar, claro, a qualidade de vida, demanda que ganha contornos mais fortes entre os jovens. A questão levou a Nextel a legitimar ações nesse campo como um objetivo estratégico oficial da empresa. Um primeiro passo é o programa Você Em Equilíbrio, do qual fazem parte um portal de serviços na internet e um espaço físico voltado para o relaxamento dentro da organização. “Tudo foi feito com base nos inputs que essa geração deu e continua dando para gente”, revela Luana.
Desafio é capacitar os gestores
Conhecida como sinônimo de primeiro emprego, a rede de lanchonetes McDonald’s vem dobrando os esforços para convencer a mão de obra, formada 90% por jovens, a seguir carreira na empresa. Para Ana Apolaro, diretora de RH da Arcos Dourados, franqueada master da rede no Brasil, o principal obstáculo é capacitar os gestores para lidar com as necessidades desses jovens, como individualidade e autonomia. “As empresas que não tiverem um olhar mais generoso para esses jovens não irão atraí-los”, acredita a executiva. Ela explica que eles querem discutir as escalas de trabalho, por exemplo, e não têm a percepção de que cada coisa tem sua hora, pois se acham no direito de definir eles próprios o timing das coisas.
Na tentativa de atender às necessidades dos jovens, a empresa criou um programa batizado de Operações de Incentivos, que reúne um conjunto de iniciativas com o intuito de estimular e manter a motivação dos colaboradores. Um exemplo é a chamada McLand, que prevê a instalação de computadores nas lojas, com acesso liberado aos funcionários para navegação na web em seus horários de pausa. Outra ação, que chega a ter 98% de adesão, são os concursos motivacionais, que chegam a 20 por ano. Um deles é o Voice of McDonald’s (Voz do McDonald’s), para despertar talentos artísticos. “São ações que valorizam conhecimento, atitude, comportamento”, diz Ana.
Ansiedade produtiva
Enquanto para muitas companhias o senso de urgência dos jovens constitui um terreno movediço, para outras essa característica é combustível para o negócio. É o caso da empresa carioca de consultoria e desenvolvimento em engenharia de gestão Visagio, que tem 200 funcionários, sendo o mais velho com 34 anos. “O jovem se adapta melhor ao perfil do trabalho na Visagio”, explica um dos sócios fundadores, Caio Fiuza. Segundo ele, a ansiedade típica dessa geração é constantemente trabalhada nas ações de gestão de pessoal, mas, ao mesmo tempo, é usada como combustível, pois a empresa incentiva o crescimento rápido. O resultado dessa tática de “sopra e apaga” é um profissional motivado na medida, garante o executivo.
O ambiente na Visagio é favorável a isso, com estímulo à liderança e baixa hierarquia. “Nosso escritório não tem baias. O fundador da empresa usa o espaço que estiver disponível – pode ser ao lado do estagiário, do consultor, do gerente de projeto, não tem distinção nenhuma.” Para reter os jovens talentos, as políticas são baseadas em planos de carreira bem definidos e feedback periódicos. Assim, o funcionário sabe exatamente o que tem que fazer para chegar onde deseja, e recebe sinalizações se está ou não no caminho certo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marketing pessoal: aperfeiçoar o talento para se projetar no mercado de trabalho


Saber ressaltar o talento profissional é uma arma infalível para manter as conquistas obtidas na carreira. Com tanta concorrência e a exigência por capacitação constante na profissão, muitos profissionais se esquecem de aprimorar e desenvolver suas aptidões na execução das tarefas.

Na opinião do administrador e especialista em marketing, Paulo Araújo, não basta se qualificar com inúmeros cursos, se o profissional não souber usá-los a seu favor. “É preciso buscar um diferencial para vencer a barreira da concorrência, uma plataforma para se destacar diante de outros profissionais bem preparados tecnicamente”. Nessas horas a utilização de ações que reforcem o marketing pessoal ajudará a expor ao gestor as qualidades que estavam escondidas ou apagadas. A “propaganda” deve ser verdadeira e sincera. “O profissional precisa maximizar os fatores positivos para disputar os processos de forma competitiva com a finalidade de alcançar resultados”.

O especialista explica que existem pessoas que possuem talentos naturais, ou seja, o profissional pode ter alguma habilidade para fazer o seu trabalho que os outros colegas não têm. “É um bom começo notar alguma competência, onde todos os elegem como o melhor. Comece a perceber se você é sempre o escolhido para resolver determinada questão e use esse dom a seu favor, em áreas em que isso pode ser uma grande diferença”, aconselha.

Muitos profissionais podem descobrir outros talentos. Isso é muito positivo e favorável num mercado de trabalho em que a versatilidade é uma característica super valorizada. “É a diversidade em sua formação acadêmica e cultural que vai fazer a diferença e não só um único grande talento”. Paulo Araújo observa que muitos talentos ainda não foram despertados e para que isso aconteça é preciso continuar a buscar. “O profissional deve estar disposto a estudar mais, participar de treinamentos, assumir posições e enfrentar novos desafios.

“Nesse percurso para descobrir seus talentos, o profissional deve aproveitar para reavaliar sua carreira. Fundamental é diagnosticar como suas aptidões podem agregar valor ao seu trabalho, tornando sua profissão ainda mais excitante. Nesse aspecto, o autoconhecimento é importante para explorar as potencialidades”, comenta o especialista, garantindo que utilizar os recursos desenvolvidos na trajetória profissional ou na vida ajudará a encontrar a posição ideal na sua empresa.

Gente excelente não tem emprego. Tem responsabilidade.

Jim Collins, um dos mais importantes pensadores da administração moderna é o autor da frase acima.
De fato, pessoas excelentes excedem a sua súmula de atribuição. Não fazem somente o que é exigido. Elas assumem responsabilidades.

É importante lembrar que uma pessoa responsável é aquela que “responde” pelas coisas. Não dá desculpas, Não se exime de fazer o que tem de ser feito para que um objetivo seja atingido. E como é responsável, faz tudo dentro dos limites da ética.

Pessoas responsáveis tem perseverança. Não desistem, elas ultrapassam seus limites. Não choram. Passam do plano do choro ao plano da ação e modificam a realidade. Por isso, temos hoje a exigência de trabalhar com gente excelente, em nossas empresas.

Com um mercado de muitos concorrentes, qualidade semelhante e preços similares, vencerão as empresas que tiveram funcionários excelentes, capazes de surpreender e encantar clientes, com produtos e serviços que façam os clientes optarem por ela.

Gente excelente anda quilometro extra. Faz mais do que a maioria: faz a diferença. São pessoas que se comprometem com o sucesso de cada cliente, de cada fornecedor, de cada colega de trabalho. Esse comprometimento responsável é a marca das pessoas que foram contaminadas pelo vírus da excelência.

E o mais importante é que pessoas excelentes, comprometidas, responsáveis são mais felizes, porque tem reconhecimento das outras pessoas; porque tem a consciência tranquila de ter ido além do simples cumprimento da função, porque tem o espirito de servir, como são mais felizes, trabalham com mais alegria e como trabalham com mais alegria são promovidas com maior rapidez. E eis uma das razoes pelas quais pessoas excelentes e responsáveis tem sempre mais sucesso na vida pessoal e profissional.

E você tem um emprego ou uma responsabilidade?